Núcleos

Inteligência Artificial e Racismo

A IA pode reforçar desigualdades raciais; é essencial garantir seu uso ético, inclusivo e livre de preconceitos.

A relação entre inteligência artificial (IA) e racismo é um tema crucial na discussão sobre tecnologia e justiça racial, pois os algoritmos podem perpetuar e até intensificar preconceitos raciais existentes.

Esse problema ocorre quando sistemas de IA são produzidos, treinados e utilizados com viéses preconceituosos — muitas vezes invisíveis — que impactam negativamente não apenas a população negra, mas também indígenas e comunidades marginalizadas. Casos de falsas identificações em sistemas de segurança, exclusão de pessoas negras e indígenas em processos seletivos, ou tratamento desigual em sistemas automatizados de justiça criminal são exemplos reais das consequências do racismo algorítmico.

A solução para esses problemas exige diversidade no desenvolvimento, validação e monitoramento dos sistemas de IA. É fundamental que organizações públicas e privadas se comprometam com a criação de tecnologias mais justas, transparentes e representativas. Além disso, políticas públicas e regulamentações eficazes devem ser desenvolvidas para garantir que os avanços tecnológicos estejam alinhados à justiça social e à equidade racial.

Quando mal implementada, a inteligência artificial pode reforçar desigualdades já presentes na sociedade. Por isso, este núcleo de pesquisa visa compreender de forma crítica o desenvolvimento e a aplicação da IA e seus impactos sobre a população negra e outras comunidades vulnerabilizadas. O objetivo é contribuir para um uso ético, inclusivo e transformador da tecnologia.


Objetivos do Núcleo
O Núcleo de Pesquisa em Inteligência Artificial e Racismo tem como objetivos:

  • Investigar como algoritmos e sistemas de IA reproduzem e ampliam desigualdades raciais.

  • Analisar o viés algorítmico em áreas como reconhecimento facial, recrutamento e justiça criminal.

  • Desenvolver diretrizes para uma IA ética e antirracista.

  • Propor políticas e mecanismos de transparência e equidade no uso de tecnologias.

  • Fomentar a diversidade racial na pesquisa e no desenvolvimento de soluções baseadas em IA.

  • Estabelecer parcerias e projetos que promovam soluções tecnológicas mais justas e inclusivas.


Linhas de Pesquisa

Racismo Algorítmico e Discriminação em Sistemas de IA
• Estudo de como algoritmos podem perpetuar ou amplificar preconceitos raciais, como no reconhecimento facial, decisões judiciais automatizadas e análises preditivas de comportamento
• Identificação e mitigação de viés racial em conjuntos de dados usados para treinar modelos de IA
• A relação entre “neutralidade algorítmica” e a perpetuação de desigualdades raciais através da IA

Ética e Regulação da IA para Prevenção de Discriminação Racial
• Desenvolvimento de princípios éticos e regulatórios para garantir que sistemas de IA não promovam discriminação racial
• Propostas de frameworks de governança para monitorar o uso de IA em setores críticos, com foco em equidade racial
• Análise das implicações legais do uso de IA discriminatória, com ênfase nos direitos civis de minorias raciais

IA e Inclusão Digital: Acesso e Participação de Negros e Minorias
• Como a IA pode promover ou ampliar a exclusão digital e o desengajamento das populações negras no acesso a novas tecnologias
• Iniciativas de inclusão digital que incentivem a participação ativa de jovens negros no campo da IA e da programação
• Propostas para melhorar a educação e o treinamento de pessoas negras em IA e tecnologia

Pesquisadores associados

Rosimeire Faustina Maria dos Santos

Advogada. Professora Universitária. Pesquisadora no Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital na USP. Especialista em Direito Material e Processual do Trabalho pelo Mackenzie. Especialista em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito de Bauru. Especialista em Gestão Pública pela Universidade Mogi das Cruzes.

Géssika Marcelo Gomes

Médica pela faculdade de medicina de Valença. É especialista em Nefrologia. Atualmente na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

Cláudio Marques da Silva

Economista e Mestre em Economia pela PUC-SP. Doutor em Educação pela Unicamp. Pós-graduado em Processos didáticos-pedagógicos pela Univesp. Professor Universitário. Pesquisador. Coordenador do CEPRacial (UZP).

Aparecida do Carmo Miranda Campos

Assistente social do Hospital Dia HIV/Aids da Unicamp, mestrado em saúde da população negra, doutoranda FCM_Unicamp

Mara Edith Po Mac Kay Dubugras Machado

Mestre em Comunicação Contemporânea pela UAM, com graduação em Publicidade e MBA em Qualidade em Sistemas de Informação.

Adrielly Letícia Silva Oliveira

Advogada especializada em Direito Penal, professora universitária, mestra em Direito e pós-graduada em Criminologia.

Amilton Jesus dos Santos

Professor e coordenador de Administração na Universidade Zumbi dos Palmares, doutor em Comunicação e mestre em Ecologia Humana.

Vanessa Isabella dos Santos Ramos

Assistente social em Bauru, doutoranda em Serviço Social (PUC-SP), diretora do CRESS-SP e pesquisadora em direitos humanos e habitação.

Jorge Luís Felizardo dos Santos

Diretor de escola, educador e escritor, doutorando na USP, mestre em Ciências Sociais, especialista em História e Educação Afro-brasileira.

Moisés Ezequiel Chissonde

Médico, Pós-Graduando em Psiquiatria, Perícias Médicas, Medicina do Trabalho e Gestão Hospitalar. Tem especialização em Liderança e Gestão de Pessoas pelo LTM/Canadá e Tracy International/EUA.

Cleiton Costa Peniche

Graduado em Pedagogia pela Universidade do Estado de São Paulo (UNESP), Especialista em Gestão Pública, pós-graduado pela Unisepe - Faculdades Integradas do Vale do Ribeira, pós-graduando em Psicopedagogia Institucional e Clínica pelo Centro Universitário Faveni,

Dr. Izalto Jr Matos.

Prof. Dr. Izalto Jr Matos. Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2006), Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2017).

Biblioteca

Segurança pública e racismo institucional

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DA SENZALA AO SHOPPING CENTER: análise sobre a incidência do racismo e

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